Na oportunidade, a Secretaria da Agricultura (Seagri) lançou duas novas variedades da espécie, que vão garantir a mecanização da produção para o agronegócio e a consorciação, destinada à produção familiar. As diferentes cultivares foram produzidas pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) para multiplicação e, posteriormente, venda e distribuição.
Uma das variedades, intitulada MPB1, tem uma perspectiva de revolucionar a cultura, a partir da mecanização da lavoura (o que não era possível anteriormente), favorecendo também o agronegócio empresarial.
? Dessa maneira vai ser possível reduzir o ciclo para 96 dias e aumentar a produtividade anual para 2,5 mil quilos por hectare ? avaliou o superintendente de Política do Agronegócio da Seagri, Eujácio Simões.
A outra variedade da mamona, denominada como MPA 11, é destinada à consorciação de feijão e milho e beneficia agricultores familiares, por meio da política estadual de distribuição de sementes e a garantia de compra pelas empresas produtoras de biodiesel, como a Petrobras.
Simões afirma que “o congresso consolidou a posição da mamona como matéria-prima viável tecnicamente para a produção de biodiesel, além de sedimentar a vocação para que seja a redenção do semi-árido nordestino”.
O evento foi uma iniciativa do governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), em conjunto com a Embrapa Algodão.
Potencial
A Bahia, além de se destacar no agronegócio da mamona como maior produtor nacional e terceiro do mundo, possui as principais indústrias de extração e transformação do óleo, sendo expoente também no setor industrial. O estado já produziu, neste ano, numa área de 145 mil hectares, 125 mil toneladas de mamona, tendo por meta chegar à marca de 290 mil hectares e 350 mil toneladas, respectivamente.