A variação, na passagem de abril para maio, na estimativa da produção do feijão primeira safra foi de 1,6%, graças a reavaliações nos dados, sobretudo, de Pernambuco e Goiás, que alteraram a produção em 41,3% e 9,9%, respectivamente. A previsão para a segunda safra subiu 7,8%, por causa de revisões nas informações de alguns Estados produtores da Região Nordeste. Já os números para a terceira safra recuaram 1,9%, como resultado das modificações nos dados de Goiás e Mato Grosso, onde as áreas irrigadas estão sendo ocupadas por lavouras mais rentáveis.
? O feijão, somando as três safras, será suficiente para o nosso consumo interno. A produção e o nosso consumo andam bem juntinhos no caso do feijão ? apontou Mauro Andre Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
Soja
A produção esperada para a soja em grão em 2011 é de 74,3 milhões de toneladas, número recorde e 2% maior do que a previsão de abril. O resultado é impulsionado por uma reavaliação positiva da área em 0,2%, além de um aumento de 1,8% do rendimento médio da lavoura, graças ao uso maior de tecnologia e condições climáticas favoráveis nos principais centros produtores.
? A soja está com um preço bom, entre R$ 40 e R$ 41 a saca de 60 kg. No ano passado, estava em torno de R$ 25 a R$ 30 a saca. Mas mesmo R$ 25 já era um preço bom. Enquanto isso, o milho estava a R$ 14, então a melhor a opção era plantar soja ? analisou Andreazzi.
Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, os maiores produtores nacionais, registraram recordes no rendimento, de 3.223 quilo por hectare, 3.365 quilo por hectare e 2.845 quilo por hectare, respectivamente, com reavaliações em maio de crescimento de 0,9%, 1,8% e 9,0%. Pará, Bahia e Santa Catarina também registraram patamares recordes de rendimento.
Milho
A estimativa de maio para a produção das duas safras de milho no ano totaliza 58,2 milhões de toneladas, um aumento de 0,8% sobre a previsão de abril, segundo o IBGE. A primeira safra deverá alcançar 33,9 milhões de toneladas, uma alta de 2,5% na comparação com a estimativa anterior. A região Sul será responsável por 44,4% da produção nacional, a região Sudeste, 27,7% e Nordeste, 13,8%.
No entanto, houve recuo na estimativa para o milho segunda safra. A previsão de maio, de 24,3 milhões de toneladas, é 1,4% inferior à de abril. Esta safra tem como maiores representantes as regiões Centro-Oeste, com participação de 58,5%, e Sul com 30,5%. O decréscimo ocorre por causa de uma estimativa de menor safra em Mato Grosso, principal produtor e responsável por 29,7% do total nacional, onde a previsão de 7,236 milhões de toneladas é 10,2% menor do que a de abril.