Segundo o banco, essa carteira de investimentos em renda variável estava avaliada em cerca de R$ 125 bilhões, em 30 de setembro de 2010, “com investimentos em 187 empresas e 35 fundos de investimento”. Entre o final de 2007 e o início de 2008, o BNDES, por meio de seu fundo de participações, o BNDESPar, injetou R$ 110 milhões na Nilza, de Ribeirão Preto (SP), assumiu 35% da companhia, a qual utilizou os recursos para a compra da Montelac. Com a crise financeira, a Nilza entrou em recuperação judicial em 2009.
Após apontar fraudes no processo de recuperação judicial da Nilza, como a suspeita de pagamentos a credores para votarem favoravelmente à venda da empresa, o juiz da 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP), Héber Mendes Batista, decretou a falência da companhia. Sobre o episódio, o BNDES informou que “irá acompanhar os desdobramentos do caso na esfera jurídica”.
O juiz pediu ainda a abertura de inquérito contra Adhemar de Barros Neto, acionista majoritário da Nilza, com 65% das ações restantes, para apurar o crime de fraude no processo, previsto no artigo 168 da lei 11.101/05, a qual regula a recuperação judicial. A advogada de Barros Neto, Silvia De Luca, informou que só se pronunciará a respeito do assunto quando tiver acesso ao inteiro teor do despacho do juiz. A reportagem informou que poderia fornecer o despacho de Batista à advogada, mas ela ainda não se manifestou.