Uma das estratégias empregadas na região foi a de apoiar a produção familiar agroecológica. Antes de difícil acesso, hoje a atividade gera renda para mais de 80 produtores rurais de 12 cidades. As técnicas de manejo dos rebanhos e cultivo de leguminosas apropriadas ao solo semi-árido podem ser conhecidas ao longo da programação da feira.
Além da cadeia produtiva do leite, a produção de carne ganha evidência no evento. Até o fim do ano, haverá a instalação de um frigorífico na região. A expectativa é que a unidade industrial demande, nos dois primeiros anos de funcionamento, o abate de até três mil caprinos e ovinos por mês, fortalecendo a produção de carne e couro.
Atingindo regiões como o Curimataú e o Sertão, além de atender Pernambuco, do Moxotó ao Pajeú, o frigorífico fará cobertura do maior núcleo da caprinocultura de corte do semi-árido do Nordeste, conforme explica o agrônomo e técnico do Sebrae em Monteiro, Samuel Mayer. Segundo ele, só a caprinocultura leiteira é responsável por injetar quase R$ 750 mil por mês na economia local, com a produção mensal de meio milhão de litros, envolvendo 800 criadores de 22 associações.
Os produtores da região, diz o técnico do Sebrae, têm como meta atingir o mercado nacional nos próximos dois anos. Pode contribuir para isso a possível instalação de uma unidade de produção de leite em pó de cabra e de vaca. Mayer aposta ainda no mercado nacional para dobrar em 100% a atual produção, chegando a 1 milhão de litros de leite por mês.
Além da Exposição Monteiro Mostra Raça, a 5ª Feira de Agronegócios do Semi-Árido Nordestino oferece oportunidades de capacitação e consultorias sobre obtenção de financiamentos. Há também exposição de insumos e equipamentos e produtos regionais do agronegócio. Essa área deve proporcionar negócios de até R$ 1,5 milhão no médio prazo.
? Antes de tudo, a feira é uma oportunidade de interagir com todas as inovações das tecnologias ? ressalta Samuel Mayer.