“Não serão momentos de mercados cheios e com variedade, pois, se em agosto, a comercialização de carnes e verduras em geral tem sido de 500 mil toneladas, em setembro só chegou a 100 mil”, diz o jornal Granma, porta-voz do governante Partido Comunista.
“Diante de tais circunstâncias, o país avalia disposições para amenizar desabastecimentos”, acrescenta a publicação, e lembra que o governo presidido pelo general Raúl Castro colocou em vigor medidas “para evitar especulações e garantir uma distribuição mais equilibrada”.
Segundo o jornal, “o Estado se esforça para aumentar o abastecimento”.
As medidas do Ggverno para evitar aumentos de preços incluem o congelamento de alguns produtos nos níveis que tinham antes da passagem dos furacões, o que agravou o desabastecimento nos poucos mercados agropecuários que até agora eram regidos pela oferta e pela demanda.
“Demorará algum tempo para poder estabilizar a oferta que havia”, declarou Granma, e acrescenta que “será necessário observar se não há outros mercados nas esquinas, nas casas, nos locais não estabelecidos para a venda, onde o povo viola preços e regulações”.
Os furacões destruíram boa parte dos cultivos da ilha, deixaram sem-teto milhões de cubanos e causaram prejuízos calculados pela imprensa oficial em US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões.