Terceiro maior produtor do país, Goiás registrou uma queda de 77% na área plantada nos últimos dez anos, de 140 mil hectares para 32 mil hectares.
Os produtores reclamam do baixo consumo do produto e a concorrência da fibra sintética, que está mais barata com a queda no preço do barril do petróleo.
Preço do algodão em pluma cai 0,73%
Segundo o presidente da Agopa, Luiz Renato Zapparoli, a crise no estado é grave e pode levar os goianos a deixarem de plantar algodão.
– A tendência do algodão é desaparecer não tem outro mecanismo de dizer. Dizer não, vai recuperar, mas as informações que nos temos hoje pra próxima safra devera ter uma recuperação talvez a gente se aproxima novamente dos 50 mil hectares mas ainda não há uma precisão – diz.
Para o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o baixo crescimento econômico do Brasil afeta diretamente o consumo. O algodão não sai da faixa dos US$ 0,60 por libra peso ou cerca de US$ 20 a arroba em pluma, principalmente pelos altos estoques mundiais liderados pela China. A entidade também coloca apenas perspectivas de melhoras pontuais no preço pago os produtores.
– A gente pode chegar a US$ 0,70, mas a gente não vê um algodão indo a US$ 0,80, então o algodão vai flutuar entre US$ 0,62 e US$ 0,70, mas nada muito relevante. É importante a valorização do dólar para nós, e uma cultura de exportação o dólar na faixa dos R$ 3,00 é bem mais interessante do que R$ 2,20, mas o que temos que trabalhar é no custo de produção que está bem elevado – diz o presidente da IBA, Haroldo Cunha.