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Humanização da medicina é a regra do Hospital de Câncer de Barretos

Grande parte dos pacientes atendidos é de baixa renda e mora no interiorA humanização na medicina como ingrediente para o tratamento de pacientes com câncer: esta idéia é regra num dos principais hospitais especializados do país, o Hospital de Câncer de Barretos. Grande parte dos pacientes é de baixa renda, mora no interior, muitos inclusive são agricultores, que encontram neste hospital mais que remédios ou a cura para a doença.

Há um ano, os médicos do aposentado Fausto Ferreira da Silva diagnosticaram nele câncer de próstata. Os exames foram realizados na cidade onde ele mora, Naviraí, em Mato Grosso do Sul. Mas o tratamento teve que ser feito no Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, a 600 quilômetros de casa.

? Aqui é melhor porque lá tem médico bom, mas não tem o equipamento especializado como aqui tem. E aqui o acompanhamento também. Então aqui é melhor pra gente vir e fazer o tratamento ? explica Fausto.

Enquanto faz o tratamento Fausto tem cama, roupa limpa e refeição de graça para ele e para esposa, que o acompanha. Esta atenção é dada a, pelo menos, 500 pessoas ao mesmo tempo nos alojamentos, que ficam perto do hospital. Assistentes sociais e enfermeiros acompanham os pacientes, que fazem tratamento sem precisar de internação. São mais de 2,5 mil pessoas que passam pelo ambulatório, fazem exames e se tratam aqui.

?Nós temos uma medicina igual fazem a medicina de particular em câncer em São Paulo. Nós fazemos a mesma medicina aqui pelo SUS. E, como isso causa um déficit monstruoso, esse déficit a gente corre atrás todo mês. Nós estamos vivendo um momento que fica em R$ 2 milhões, R$ 1,8 milhão todo mês pra gente buscar este recurso pra pagar o custeio do hospital na rua. E isso é através de shows, através de leilões. A importância e o sentimento de se doar pra isso aqui é de cada centavo, de cada um, de coração que tem e da forma que pode ajuda ? explica o diretor do hospital, Henrique Prata.

Prata herdou dos pais a missão de manter e ampliar o hospital. Ele é pecuarista e filho dos médicos que, na década de 60, tiveram a idéia de fundar um hospital exclusivamente para tratamento de pessoas com câncer.

? Exijo que as coisas cresçam com a mesma disciplina quando era pequenininho, que era um projeto fácil, que tava na mão do meu pai, no coração do meu pai e da equipe dele. Crescer era o meu maior medo. Crescer e perder esta essência, que é a filosofia que ele criou de tratar todas as pessoas por igual

O doutor Miguel Gonçalves é um dos médicos mais antigos do hospital. Ele tem 40 anos de dedicação à oncologia, a especialidade que trata de câncer. Ele não tem idéia de quantas pessoas já atendeu mas, assim como o seu Fausto, sabe do resultado disso.

? Eu acredito que, não eu, o grupo de médicos deve curar acima de 60% dos pacientes que nos procuram. Eu me orgulho e me sinto realizado.

? Estou contente de realizar aqui o meu tratamento. Aqui é excelente ? completa Fausto.

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