Convidados para dar esclarecimentos sobre as aquisições de terras na Amazônia, os dirigentes da Gethal Amazonas e da ONG Cool Earth não compareceram. Por meio de um comunicado, o representante da organização não governamental inglesa informou que não possui filiais no Brasil e que a organização não arrecada recursos com o intuito de adquirir terras no país, mas patrocina projetos na área de desenvolvimento sustentável em municípios amazonenses.
A Gethal alegou que, enquanto investigações contra a empresa tiverem em curso, nenhum representante comparecerá a audiências públicas. Há suspeitas de que a ONG, fundada pelo sueco Johan Eliasch, tenha comprado 160 mil hectares de terras da madeireira Gethal, no município de Manicoré.
A Comissão de Agricultura do Senado aprovou a convocação dos representantes da ONG e da madeireira. Eles devem ser ouvidos no mês que vem, após o recesso parlamentar.
Levantamento do Incra mostra que dos 32 imóveis rurais que a Gethal possui em Manicoré, somente três ainda estão no nome da empresa. Mas, por enquanto, nenhum documento foi encontrado em nome do sueco.
Conforme a superintendente do Incra no Amazonas, Socorro Marques, um parecer da Advocacia Geral da União facilita a aquisição de terras por estrangeiros.
? Ele permite não ter limites para entrada de capital estrangeiro ? explica.
Os senadores ainda vão estudar a criação de uma subcomissão para sugerir modificações na lei.