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Indústria de defensivos encerra ano em alta, mas prevê queda para 2012

Especialistas do setor recomandam cautela e antecipação das comprasA indústria de defensivos agrícolas deve encerrar 2011 com um crescimento de 11% nas vendas em relação ao ano passado. Segundo representantes do setor, o produtor rural mais capitalizado investiu em tecnologia no campo. A projeção para 2012 é de um crescimento inferior ao deste ano e de muita cautela.

A empresa alemã DVA-UPL, fundada há 40 anos, e há cinco no Brasil, tem como principal área de atuação os defensivos. O diretor de negócios da multinacional, Vicente Gôngora, projeta que as vendas da companhia devem fechar o ano com crescimento entre 25 e 30% em relação a 2010.

O crescimento previsto pela empresa está bem acima do projetado pela indústria de defensivos como um todo. De acordo com a Andef, a associação que representa o setor, as vendas devem encerrar este ano com crescimento de 11%. O faturamento pode passar dos U$ 8 bilhões. Para o diretor executivo da entidade, 2011 consolidou a recuperação iniciada em 2010.

– O algodão foi uma cultura importantíssima. Seus preços chegaram aos patamares mais altos dos últimos 120 anos. Essa cultura em particular demanda tecnologia, principalmente de inseticidas, para que tenha sucesso – destaca Eduardo Daher, diretor-executivo da Andef.

Se 2011 foi considerado um ano bastante positivo, o mesmo não se prevê para 2012. A indústria de defensivos deve crescer bem menos. Para o diretor da Andef, os preços dos produtos também podem passar por certa acomodação. De qualquer forma, ele recomenda ao produtor, na medida do possível, antecipar as compras.

– O preço das commodities estão sofrendo uma acomodação em virtude das crises econômicas européia e norte americana, além da fuga de capitais das bolsas de commodities. O que significa que devemos trabalhar com muita prudência no início de 2012. Um olho forte no clima e outro nos mercados internacionais, para ver se essa demanda persiste lá fora – conclui Daher.

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