A consultoria INTL FCStone revisou para baixo a sua previsão de produção de algodão no Brasil na safra 2015/2016 para 1,25 milhão de toneladas. A projeção anterior, divulgada em maio, apontava 1,27 milhão de toneladas. “Nos estados do Centro-Oeste, a seca prolongada incorreu em danos ao rendimento das lavouras”, afirmou a consultoria, em relatório.
Em Mato Grosso do Sul, a estimativa de produtividade é 5,2% inferior à de maio, conforme os danos do déficit pluviométrico se tornaram mais evidentes. De acordo com a consultoria, a falta de chuvas afetou os algodoais de Mato Grosso de forma mais intensa do que o antecipado em maio e a colheita do estado, maior produtor do país, deve chegar a 850,7 mil toneladas de pluma.
“A expectativa é de que as perdas sejam observadas principalmente sobre o algodão safrinha, exposto à seca por período mais prolongado e em fase mais frágil do desenvolvimento”, disse o consultor em gerenciamento de riscos da FCStone, Éder Silveira, no relatório.
A FCStone destacou que a safra da Bahia deve registrar perdas em torno de 30% a 35% devido à estiagem, mas que não foram relatados danos à qualidade, com os resultados do HVI apontando boas condições da fibra.
Segundo a consultoria, o cenário de prejuízos se repetiu em muitas praças brasileiras. “O clima desfavorável – em geral resumido por uma seca prolongada – prejudicou o desenvolvimento do algodão nas lavouras. Em alguns casos mais específicos, como no Tocantins, a perda não vem só no volume do produto, como também na qualidade da fibra.”
Para o ciclo 2016/2017, a FCStone projeta manutenção ou redução de área plantada na maior parte das praças produtoras.