Somente nos leilões deste ano, são oferecidos 850 megawatts médios de energia produzida a partir da cana-de-açúcar. Este é o volume máximo a ser comercializado até esta quinta, dia 26.
A atual negociação é uma dos maiores em potencial de oferta de bioeletricidade. Soma o equivalente a 80% do que já foi comercializado até agora. Desde 2005, quando começaram os leilões, foram vendidos 939 megwatts médios.
Atualmente, existem 434 usinas de cana de açúcar no Brasil. Dessas, 100 produzem bioeletricidade com potencial de fornecimento para a rede elétrica, a maioria delas (70), estimulada pelos leilões. Segundo a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), os dados confirmam que os empresários estão atentos à importância de desenvolver essa fonte alternativa.
Porém, os crescentes investimentos no setor parecem estar na contramão dos preços nos leilões. Na disputa desta quarta, os preços variaram. No leilão para entrega de produto em 2011 o megawatt/hora ficou em R$ 154,18. Já no leilão para entrega em 2012 o valor foi menor, ficou em R$ 145,37. Na primeira disputa, oito empreendimentos participaram. Na segunda, o número caiu para dois.
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A União da Indústria de Cana de Açúcar não está satisfeita com os valores pagos pelo megawatt/hora. A única defende mudanças para o setor avançar nos próximos anos.
? Os leiloes devem ocorrer com mais freqüência, regularidade na contratação das fontes e com preços mais interessantes ? diz o assessor de bioeletricidade Zilmar José de Souza.
A segunda fase do leilão de energia de reserva continua nesta quinta. A bioeletricidade negociada no dia deve começar a ser entregue a partir de 2013.
