Os preços do algodão têm tendência de queda no segundo semestre deste ano, pressionados pela perspectiva de que os estoques mundiais devem permanecer volumosos. Esse cenário também deve se manter em 2016, conforme avaliação da Capital Economics. “Além disso, nos dez primeiros meses desse ano, as importações da China caíram 42% na comparação com o ano passado”, acrescenta a consultoria.
A fraca demanda internacional fica evidente no resultado ruim de leilões de venda das reservas estatais de algodão da China, que foram realizadas em julho e agosto. Nos pregões, menos de 64 mil toneladas da fibra foram vendidas, muito abaixo do volume ofertado, de 1,85 milhão de toneladas.
A Capital Economics alerta, ainda, que a melhora na competitividade das fibras sintéticas, em virtude da queda dos preços do petróleo, também foi negativa para os preços de algodão.
A consultoria espera que em 2015/2016 seja registrada a primeira redução do volume armazenado na China em cinco anos. “Mas os estoques ao fim da temporada devem continuar perto do nível correspondente a dois anos de consumo, o que deve manter a demanda fraca”.