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Mercado de algodão termina fevereiro com preços enfraquecidos

Mês foi marcado por retração de demanda e aumento da oferta em função da necessidade de comprovar o PeproO mercado brasileiro de algodão encerra fevereiro com preços ligeiramente enfraquecidos. As indicações, que iniciaram o mês na casa de R$ 1,17 a libra-peso, perderam sustentação com o aumento da oferta, em função da necessidade de comprovação do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro).

O mês foi também marcado pela retração da demanda, o que contribuiu para o recuo após a recuperação de janeiro. O período é sazonalmente de poucos pedidos da indústria, conjugado a um cenário de incertezas e queda das cotações na Bolsa de Mercadorias de Nova York (US-ICE). Por isso, o mercado não encontra suporte para reação.

As quedas só foram estancadas com uma alteração do cenário fundamental da fibra: a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) decidiu alongar para mais de 60 dias a necessidade de comprovação do prazo de venda (para 15 de maio de 2009). Já a comprovação do escoamento foi para 15 de junho de 2009.

Os preços encerraram o mês entre R$ 1,15 e R$ 1,16 a libra-peso, posto fábrica em São Paulo, para pagamento em oito dias. A menor necessidade de venda do produtor e a cautela do comprador mantiveram o fluxo de negócios reduzido ao longo de todo o período, principalmente na última quinzena.

No entanto, há expectativa de recuperação em março, com a volta da indústria ao mercado.

A produção de algodão do Brasil deve atingir 5,725 milhões de fardos na safra 2008/2009, em uma área de 850 mil hectares. Na temporada passada, a área foi de 1,077 milhão de hectares e a safra somou 7,358 milhões de fardos.

As informações são do Gain Report do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), datado de 18 de fevereiro. As projeções de queda de 20% na área e na produção refletem a escassez de crédito ao produtor e as incertezas em relação à economia mundial.

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