A taxa básica de juros é o instrumento usado pelo Copom para controlar a inflação. Quando a economia está aquecida e os preços estão em alta, o comitê aumenta os juros básicos. Quando ocorre o inverso, os juros são reduzidos.
Nas últimas projeções dos analistas, houve melhora na expectativa de desempenho da economia neste ano e em 2010. Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, é de 4,80%, a mesma da semana passada. Há quatro semanas, essa previsão era de 4,20%.
Neste ano, os analistas esperam por um crescimento de 0,12%, contra 0,10% previsto na semana passada. Há quatro semanas, a estimativa era de estabilidade em 2009.
Quanto à inflação, os analistas fazem projeções que estão dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente do BC.
Cabe ao Banco Central perseguir a meta de inflação que tem como centro 4,5%, para 2009 e 2010. A meta tem margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e superior de 6,5%.
O governo escolheu o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para acompanhar a meta de inflação. A estimativa dos analistas para esse índice neste ano passou de 4,29% para 4,30%. Para 2010, também houve ajuste na estimativa de 4,40% para 4,41%.
Os analistas do mercado financeiro também fazem projeções para outros índices de inflação. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), neste ano, passou de 4% para 4,02%. Para 2010, a projeção também subiu 4,45% para 4,50%.
Para o Índice Geral de Preços ? Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa é de deflação neste ano. A estimativa de queda para o IGP-DI passou de -0,27% para -0,29% e para o IGP-M, permaneceu em -0,60%. Em 2010, os analistas mantiveram a projeção de alta de 4,5% para esses dois índices.
A projeção para os preços administrados subiu de 4,10% para 4,12%, em 2009, e permaneceu em 3,5% em 2010. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo, entre outros.