O volume de novas vagas é quase três vezes maior que em fevereiro. Porém, o bom desempenho não foi suficiente para compensar a perda de postos no primeiro trimestre do ano, que superou 57 mil empregos extintos.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que o resultado de março demonstra a força do mercado interno. Para ele, a melhora em praticamente todos os setores pode ser sinalizar uma virada da economia.
? Os dados que eu tenho nesses dois meses de melhoria já me fazem dizer que o Brasil vai ter PIB positivo acima da média dos países em desenvolvimento tirando China e a Índia ? disse Lupi.
Os dados mostram ainda que a agricultura está entre os setores com desempenho positivo. Em março, foram abertas mais de 7 mil novas vagas, um aumento de 0,47%. Em fevereiro, foram criados apenas 957 postos de trabalho no campo. O melhor desempenho foi da lavoura de cana de açúcar, em São Paulo, com 22,3 mil novas vagas.
Apesar da reação no Sudeste, Estados da região Nordeste, como Pernanbuco e Alagoas, tiveram saldo negativo de 37,8 mil vagas, por causa de demissões no setor sucroalcooleiro.
A produção de frutas cítricas teve saldo negativo de 7,7 mil vagas e as lavouras permanentes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul registraram perdas de mais de oito mil postos de trabalho. O ministro Carlos Lupi reconheceu que, mesmo com a retomada da geração de empregos, algumas atividades do agronegócio merecem atenção do governo.
? Observamos o setor de carnes com algum impacto negativo estudando medidas, linhas de financiamento, questões de exportação. Começou a se recuperar, mas afetou grandes frigoríficos no Brasil. É um exemplo de setores que podem ter novas medidas para atenuar impacto negativo ? finalizou Carlos Lupi.