? Quero ver o que acontece com a Rodada de Doha, mas, sem dúvida, é uma região na qual temos que nos estabilizar ? afirmou em referência ao bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e ao qual a Venezuela está em vias de adesão.
Ashton se comprometeu perante os eurodeputados a potenciar as relações com o Mercosul, mas, ao mesmo tempo, afirmou que é importante trabalhar país por país.
Neste sentido, ela assegurou que a Europa deve “respeitar” a posição dos países latino-americanos que decidiram negociar os assuntos comerciais em bloco, pelo que disse que este será “o ponto de partida”. No entanto, afirmou que “haverá ocasiões nas quais nada se possa fazer e nas quais o enfoque terá que ser duplo e paralelo, ou inclusive só limitado ao âmbito nacional”.
As negociações para um acordo de livre-comércio entre a UE e o Mercosul começaram em 1999 e estão praticamente bloqueadas desde 2004 pela divergência de interesses.
A nova comissária assegurou ainda que, perante a atual crise financeira, é ainda mais importante alcançar um acordo para o comércio mundial, pelo que pediu aos Estados Unidos para impulsionar a Rodada de Doha.
? Em um momento no qual as economias do mundo enfrentam turbulências, precisamos redobrar nossos esforços para assegurar que teremos um acordo, e os Estados Unidos têm um papel importante a desempenhar ? ressaltou.
Catherine Ashton deixou claro que, embora defenda a globalização e “um comércio aberto”, a Europa deve defender seus modelos sociais.