De acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), Luis Rangel, a renovação da situação de emergência do oeste da BA irá dar maior segurança ao agricultor.
– Durante a safra 2014/2015, ele terá as ferramentas de manejo ainda disponíveis para conviver com a praga. É muito importante que os instrumentos de controle sejam estabilizados para que, no final da emergência, possamos conviver com a helicoverpa de uma maneira sustentável – destaca.
Segundo Rangel, se espera que os outros Estados que declararam emergência no ano passado, como o Maranhão, o Mato Grosso e o Goiás, dentre outros, tenham também o prazo prorrogado.
– As cidades que não declararam podem demandar ao Ministério um pedido a ser analisado. Trabalhamos no sentido de ter ferramentas mais ágeis para lidar com essa praga – diz o diretor do DSV.
Ação
As lagartas helicoverpa causam danos às culturas quando se alimentam dos grãos em formação na planta, como brotos e frutos, desde os estágios iniciais até a fase de maturação do vegetal. Os maiores prejuízos causados pelo inseto acontecem em lavouras de soja, milho e algodão.
Neste último ano, o Mapa adotou uma série de medidas para o monitoramento e controle da praga, como o uso de controle biológico e químico; uso de armadilhas, iscas ou outros métodos de controle físico; determinação da adoção do manejo integrado de pragas emergencial; determinação de épocas de plantio e restrição de cultivos subsequentes.
Outras medidas adotadas pelo Mapa no combate à praga envolveram a liberação inundativa de agentes de controle biológico; uso de cultivares que restrinjam ou eliminem as populações da praga e vazio sanitário para deixar a terra sem cultivo, com períodos livres de hospedeiros.
O plano de supressão da praga foi baseado nos conceitos e práticas do Manejo Integrado de Pragas e desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com a participação de representantes do setor acadêmico, produtivo e governamental.