Para o superintendente regional do Incra, Nilton Bezerra Guedes, as jornadas de agroecologia são fundamentais para o avanço do processo de reforma agrária e para o desenvolvimento de uma agricultura familiar mais saudável, com a preservação do meio ambiente.
Roberto Baggio, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e um dos coordenadores da 9ª Jornada de Agroecologia, avalia que já se pode falar em consolidação da agroecologia. O processo se incorporou nas comunidades, acampamentos, assentamentos, sindicatos, pastorais e a população rural está organizada.
? Estamos preparados para enfrentar as grandes empresas internacionais e a colocação indiscriminada de produtos químicos nas lavouras brasileiras ? afirmou Baggio.
Na avaliação de Baggio, foram as jornadas, com a participação efetiva dos movimentos sociais, que tornaram possíveis conquistas como a criação de uma Rede de Escolas Agrícolas e a facilidade que existe atualmente na comercialização direta dos produtos do campo com entidades urbanas.
Segundo o coordenador do MST, em todo o país são 100 mil famílias aguardando pelo processo de Reforma Agrária, seis mil delas nos cerca de 60 acampamentos espalhados pelo Paraná.