Paraná discute com montadora ampliação do programa Trator Solidário

Secretaria de agricultura propôs à Case New Holland duplicar metaO secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Valter Bianchini, reuniu-se nesta semana com o diretor da montadora Case New Holland, Francesco Pallaro, para tratar da ampliação do programa Trator Solidário. O objetivo é atingir nova meta de entregar 8 mil tratores até 2010. Conforme Pallaro, a empresa já está preparada para entregar 250 tratores por mês.

O projeto inicial do Trator Solidário previa a entrega de 4 mil tratores para agricultores familiares até 2010, mas o bom desempenho do programa motivou a revisão da meta. Em cerca de um ano e meio de programa já foram entregues 2,5 mil tratores. A Secretaria da Agricultura pretende levantar os municípios que tiveram poucos agricultores contemplados para ampliar a entrega de tratores nessas localidades.

Para aumentar a produtividade da agricultura paranaense Bianchini propôs à New Holland o estudo de um programa de venda de colheitadeiras nos moldes do programa Trator Solidário. A proposta agradou Pallaro, que identificou uma oportunidade de manutenção dos empregos temporários na fábrica de Curitiba. A New Holland conta com aproximadamente 1,9 mil empregados, dos quais cerca de 300 são temporários.

Segundo Bianchini, a idéia é pensar numa possibilidade de redução de custos na venda da colheitadeira e valorização do equipamento usado, para atender a um mercado que tem demanda.
? Essa colheitadeira usada seria dada como parte de pagamento à fábrica, que por sua vez se responsabilizaria pela revisão e venda com garantia aos pequenos agricultores ? disse.

O secretário disse que é possível um novo arranjo entre governos federal e estadual e bancos para financiar o equipamento em condições acessíveis aos agricultores, como ocorre no programa Trator Solidário.

No programa Trator Solidário o preço dos equipamentos foi fixado em R$ 43,3 mil para o trator com 55 CV de potência e R$ 52,9 mil para o trator com 75CV de potência. O financiamento é do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cuja taxa de juros varia de 1% a 5% ao ano, conforme a categoria de agricultor familiar. O financiamento prevê dois anos de carência e mais oito anos para pagamento, um total de 10 anos para quitar o débito.