? Não encontraram ninguém a bordo ? declarou à imprensa o porta-voz da Guarda Costeira, tenente Armam Balilo.
O porta-voz disse que os desaparecidos da embarcação na qual viajavam 747 pessoas podem ter sido arrastados pela maré em direção a outras ilhas que fazem parte da província de Romblon.
Seis dos ocupantes do navio, propriedade da companhia filipina Sulpicio Lines, foram encontrados mortos no litoral após a maré arrastar coletes salva-vidas, sandálias de plástico e outros objetos procedentes da embarcação. Pelo menos quatro náufragos, todos eles filipinos, conseguiram chegar aparentemente nadando à aldeia de Mabini, em Sibuyan, a cerca de 300 quilômetros de Manila, capital das Filipinas.
? Muitos se atiraram ao mar. As ondas eram muito grandes e chovia forte ? declarou um dos sobreviventes à rádio de Romblon.
Outro dos quatro homens que chegaram à costa com vida, identificado como Reynaldo Lanurias, explicou que cerca de meia hora antes de a embarcação afundar o megafone deu o alarme e alguns passageiros começaram a se atirar na água.
As províncias mais afetadas pelo Fengshen são as de Iloilo, na ilha de Panay – 500 quilômetros ao sul da capital -, e as de Maguindanao e Cotabato, na ilha de Mindanao – cerca de 800 quilômetros ao sul de Manila.
? É o pior desastre que tivemos em nossa história ? declarou Neil Tupaz, governador de Iloilo.
O secretário de Saúde, Francisco Duque, declarou que, além das 82 mortes causadas por enchentes e deslizamentos, outras 72 pessoas foram dadas como desaparecidas em diferentes províncias.
Por outro lado, o senador e presidente da Cruz Vermelha das Filipinas, Richard Gordon, disse que, segundo suas informações, pelo menos 155 pessoas morreram após as chuvas torrenciais que caíram no arquipélago durante os últimos dois dias.
Com ventos de mais de 120 km/h a tempestade mudou de trajetória de madrugada e se aproximou de Manila, onde arrancou árvores e causou cortes no abastecimento de energia em várias áreas da região metropolitana.
O Fengshen, tufão de maior força da temporada e cujo nome local é Frank, também obrigou cerca de 200 mil pessoas a abandonarem suas casas na região de Bicol, sudeste da ilha de Luzon, embora a maior parte tenha voltado para seus lares poucas horas após o tufão mudar seu rumo.
Com o tufão se aproximando das Filipinas, a presidente do país, Gloria Macapagal Arroyo, viajou no último sábado para os Estados Unidos acompanhada de vários ministros e de aproximadamente 60 congressistas.