O produtor Joaquim Pedro da Silva produz banana há cerca de 14 anos. Ele colhe orgulhoso cachos de bananas gigantes. É algo muito comum lote. O segredo está na substituição de produtos químicos por calda e composto orgânicos, que utiliza há três anos, preparado por ele mesmo. Tudo que é preciso para o composto é encontrado dentro do próprio lote, o que reduz os custos e garante a qualidade nos frutos.
Assim como ele, o produtor Raimundo Nomero também se empenhou em reduzir a utilização de defensivos químicos na lavoura. Ao ver sua terra morrendo passou a usar os compostos orgânicos em sua propriedade. Viu a produção crescer e resolveu apostar ainda mais em produtos naturais.
Resolveu usar o defensivo feito de pimenta, angico e ninho. O produtor garante que consegue erradicar algumas pragas, inclusive o pulgão e a mosca branca.
O sistema de aplicação é simples. Através de micro aspersores ele consegue espalhar a calda orgânica para toda a lavoura. E o resultado é o solo enriquecido e a produção a todo vapor.
Além dos produtores Joaquim e Raimundo, outros também estão investindo em agricultura orgânica. Durante o evento de agricultura sustentável, realizado em Petrolina, no sertão pernambucano, eles trocaram experiências e aproveitaram para difundir o manejo.
Segundo o coordenador de assistência técnica, Jorge Noronha, a ideia do evento é levar informações técnicas para os produtores e melhorar a qualidade dos produtos. Para o gerente de irrigação da 3ª Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Parnaíba e do São Francisco (Codevasf), Luis Manoel de Santana, o objetivo é fazer com que os produtores tenham informações sobre tecnologias e manejos que melhorem a rentabilidade e qualidade da produção.
Durante o evento, o produtor Raimundo mostrou como é possível fazer o composto, podendo utilizar a cana, o capim, a mamona ou a banana. A ideia fez o maior sucesso e já rendeu novos contatos com outros produtores.