O Credit Suisse afirmou que preços altos do milho e fatores técnicos neutros continuam apontando para queda das cotações, apesar dos fundamentos positivos no curto prazo, num mercado de oferta apertada. Analistas do banco avaliam que os preços precisam cair para menos de US$ 5,0/bushel para encontrarem valores justos, mas prevê US$ 5,70/bushel em três meses e US$ 5,40/bushel em 12 meses, por conta de um suporte cíclico positivo.
O Credit Suisse mantém perspectiva negativa para o trigo, em virtude de fatores técnicos baixistas, fundamentos neutros e valores que não atraem demanda. Analistas do banco avaliam que o momento dos preços do trigo é fraco, de modo que não alcança novas máximas desde fevereiro. No longo prazo, a tendência agora é de queda.
O Credit Suisse avalia que ainda há riscos substanciais de desvalorização no mercado de café, que provavelmente é uma das commodities agrícolas mais cíclicas. Com desaceleração do crescimento econômico na Europa e o café significativamente sobrevalorizado, analistas do banco disseram que sua perspectiva de 12 meses é negativa.
O banco entende que há grande foco na análise técnica do mercado de cacau, por causa de fundamentos e valores neutros. Mas a tendência recente foi rompida e o momentum é profundamente negativo. Isso faz com que a perspectiva do banco seja baixista para o cacau, com alguns sinais de consolidação, antes que a situação técnica possa começar a melhorar novamente.
No entanto, o Credit Suisse afirmou que o açúcar deve ficar mais estável do que outros mercados agrícolas, com preços e viés neutros. Apesar de o mercado global de açúcar estar caminhando para um superávit de oferta, o banco afirmou que o excesso de suprimento é necessário, já que os estoques estão em seu menor nível de muitos anos. Segundo o banco, os preços devem permanecer no intervalo entre 21 e 25 cents/lb.