Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, a intenção do governo é realizar apenas leilões de energias renováveis entre 2014 e 2019, ou seja, hidrelétricas, eólicas, solar e termelétricas movidas a biomassa.
? Essa é a nossa meta. Achamos que é possível fazer isso sem encarecer o preço da energia para o consumidor, porque as hidrelétricas estão saindo a um preço bastante atrativo, e a energia eólica, que era algo muito caro, já está em um patamar mais competitivo ? avalia Tolmasquim.
Entretanto, segundo o dirigente, se os empreendimentos de geração de energia renovável sofrerem atrasos por falta de licenciamentos ambientais, será preciso recorrer à geração de térmicas, para que não falte energia no país.
Tolmasquim diz que é possível garantir a segurança energética do país só com energias renováveis.
? A nossa preocupação é de manter o alto grau de renovabilidade da nossa matriz, uma das mais renováveis do mundo ? explica.
Enquanto no Brasil cerca de 48% da matriz energética é composta de fontes renováveis, a média mundial é de menos de 13% e em países desenvolvidos é menos de 7%, compara o presidente da EPE.
O PDE afirma que os investimentos no setor energético brasileiro serão de R$ 951 bilhões até 2019, entre projetos nas áreas de energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis.
Na próxima quinta-feira, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, apresentará o PDE aos agentes do setor energético e às entidades da sociedade. O plano ainda segue em consulta pública e está disponível na página do Ministério.