Na semana passada, o contrato com vencimento em março caiu 2,5% na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), a 59,23 cents por libra-peso.
O desempenho refletiu a nova estimativa de crescimento global para 2015 divulgada pelo Banco Mundial, de 3%. A projeção anterior era de expansão de 3,4%. Além disso, o Departamento de Comércio dos EUA disse que as vendas no varejo do país recuaram 0,9% em dezembro.
Os dados levantaram temores sobre demanda, num momento em que há um excesso de oferta da fibra. Os EUA devem produzir 16,1 milhões de fardos na atual temporada, que termina em 31 de julho, de acordo com o Departamento de Agricultura do país (USDA). O volume representa um aumento de 25% sobre a safra anterior.
O USDA disse ainda que os estoques globais de algodão devem somar 108,6 milhões de fardos no encerramento da temporada, um volume recorde.
A fraca demanda se deve em grande parte à China, que vem reagindo lentamente à queda dos preços, segundo o USDA. O país asiático é o maior consumidor mundial da fibra. Dados de exportação divulgados na semana passada, no entanto, indicam que a China pode estar retomando compras de algodão norte-americano.
Os EUA venderam 441,8 mil fardos de algodão da safra 2014/15 na semana encerrada 8 de janeiro, já descontados os cancelamentos. O volume é o maior registrado na atual temporada, iniciada em 1º de agosto. A China comprou 184,5 mil fardos desse total.