Presidente da Câmara define deputados que vão finalizar texto do Código Florestal

Serão quatro parlamentares que representam a agricultura, quatro para o meio ambiente, dois para a liderança do governo e dois para a bancada da minoriaDevido a divergências sobre o texto final do projeto que altera o Código Florestal Brasileiro, foi instalado nesta quarta, dia 2, na Câmara dos Deputados, em Brasília, um fórum de negociação. Na ocasião, o presidente da Casa, deputado Marco Maia, anunciou a composição dos integrantes da Câmara de Negociações do Código Florestal. Serão quatro parlamentares que representam a agricultura, quatro para o meio ambiente, dois para a liderança do governo e dois para a bancada da minoria.

Os representantes da agricultura são os deputados Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Paulo Piau (PMDB-MG), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Assis do Couto (PT-PR). Já os ambientalistas são Sarney Filho (PV-MA), Márcio Macêdo (PT-SE), Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e Ivan Valente (Psol-SP).

Pela liderança da minoria, além do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), ainda será definido outro nome. A liderança do governo ainda não definiu seus dois representantes.

O relator do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB), participou da reunião. O trabalho será coordenado pelo deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), que é primeiro secretário da Mesa Diretora. Maia ressaltou que a câmara tem caráter informal, que não é deliberativa.

? Seu papel é buscar um consenso para levar um texto ao plenário ? afirmou.
A intenção do grupo é chegar a um consenso sobre o que deve ser alterado no relatório do deputado Aldo Rebelo, para votar a matéria ainda em março. Porém, o primeiro dia de discussão sobre o assunto teve poucos avanços.

? Março é a data que nós estamos trabalhando de referência e é a data que eu sinalizei às bancadas, governo, ruralistas e ambientalistas de que a matéria estaria na pauta de negociação. Agora quem vai dizer se isso é possível é essa câmara de negociação ? disse o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Marco Maia (PT-RS).

Há quem duvide, no entanto, que será possível conciliar as divergências até o fim do mês.

? Eu acho que um mês é muito pouco tempo. Você tem uma série de fatores novos que apareceram nas duas últimas semanas: cientistas se posicionaram, a Contag apresentou nesta quarta documentos com pontos pedindo alteração no relatório do Aldo Rebelo ? avaliou o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Nilo D´Ávila.

? Trabalhar apenas a divergência dentro do que for possível de consertar, ótimo. O que não for, vamos a plenário. Manda quem tiver maioria ? concluiu o deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG).