Em fevereiro de 2008, o IPCA-15 havia ficado em 0,64%. Os dados foram divulgados hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados de fevereiro foram pressionados principalmente pelos preços do grupo educação, que avançaram 4,95% na passagem de um mês para outro. O movimento foi puxado pelos aumentos nas mensalidades dos cursos de ensino formal (5,64%) e dos cursos diversos (5,88%).
Em média, o grupo formado pelos produtos não-alimentícios teve alta de 0,69% e foi impulsionado ainda pelas tarifas de ônibus urbanos, reajustadas em Curitiba (13,41%), Salvador (5,77%), Belo Horizonte (4,54%), Recife (3,07%), Belém (3,03%) e Porto Alegre (2,86%).
Já o grupo formado pelos alimentos sofreu desaceleração, passando de 0,72% em janeiro para 0,44% em fevereiro. O resultado teve a contribuição principalmente de batata-inglesa (de 11,87% para 8,99%), cenoura (de 17,71% para 7,93%) e pescado (de 4,40% para 1,55%). Na análise regional, Belo Horizonte ficou com o maior índice (1,13%), puxado pelos aumentos em tarifas de ônibus urbanos (4,54%) e nos salários de empregados domésticos (2,89%).
A região com menor resultado foi Fortaleza (0,04%), onde não houve reajuste nas mensalidades escolares. Para calcular o IPCA-15 de fevereiro foram coletados preços entre os dias 15 de janeiro e 11 de fevereiro e comparados aos coletados entre 11 de dezembro e 14 de janeiro.
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.