A Ciccra detalhou que, do total de bovinos abatidos nos primeiros 11 meses de 2010, 43,7% foram fêmeas (matrizes responsáveis pela manutenção e aumento do rebanho). O retrocesso da oferta está relacionado à migração da pecuária para a agricultura, em virtude das fortes restrições oficiais ao comércio de gado em 2009. Sem estímulo para a atividade, os pecuaristas preferiram liquidar os rebanhos. Em 2009, a proporção de fêmeas sobre o total do abate chegou a 50%.
A partir deste ano, no entanto, os produtores decidiram recompor a criação de gado e começaram a reter os animais para reprodução, o que contribuiu para reforçar a redução da oferta, elevando os preços do gado em pé. “Se o governo não adotar novas decisões que neutralizem os sinais que os preços estão enviando e se não ocorrer eventos climáticos adversos (…) seguramente poderemos observar, a partir dos próximos anos, um aumento gradual do rebanho e, finalmente, uma nova recuperação do abate bovino a partir de 2013/14”, informa o relatório da Ciccra.
De janeiro a novembro do ano passado, a média de consumo por habitante na Argentina também baixou de 68,5 quilos para 57,2 quilos, comparado com igual período do ano anterior. As exportações recuaram 53,6% no mesmo período de comparação, alcançando 483.918 toneladas, com receita cambial de US$ 2,322 bilhões.