O custo para produzir algodão gira em torno de R&$ 4,8 mil por hectare. Para produzir soja, R$ 1,6 por hectare. Além do mais, o consumo do algodão está estagnado. Na ultima safra foram plantados 29 mil hectares em solo mineiro, e a previsão para a próxima safra é de uma redução de 25%.
Para o produtor rural e empresário Nilson Maeda, o investimento na produção de algodão é alto, por isso não dá para abandonar totalmente a cultura e migrar para outras rapidamente.
– O investimento que cada um tem para a cultura do algodão é elevado, então não dá pra sair rápido. É possível você migrar, não totalmente, mas grande parte da sua área, uns 50% ou até mais, para a produção de grãos, porque grãos são bem menos exigentes que a cultura do algodão em termos de investimento e equipamento – diz Maeda.
Nilson Maeda investiu em uma estrutura completa com capacidade para beneficiar a produção de 7 mil hectares. Na região, ele faz um trabalho de propriedade em propriedade para estimular o plantio e evitar uma queda ainda maior na produção de algodão nas próximas safras.
– Nos temos que fazer um trabalho de formiguinha e de convencimento, de esclarecimento sobre os benefícios que traz a cultura do algodão. Em geral a rotação de cultura, a diversificação de risco, enfim, todo um trabalho de convencimento que infelizmente não é fácil, em função de que aquilo que fala mais alto que é o resultado final – fala Maeda.
Até o ano passado eram três meses de vazio sanitário do algodao. Este ano, o período foi reduzido para dois. Com embasamento técnico, começou em setembro e vai terminar no dia 20 de novembro.
– Este ano, em Minas Gerais, devem ser fiscalizados em torno de 88 propriedades, na nossa região de Uberlândia em torno de 11 propriedades. Isso visa, principalmente, evitar a disseminação desse inseto que atrapalha o sistema reprodutivo das plantas e causa grandes prejuízos ao algodão. Como a disseminação dele se dá, principalmente, nas soqueiras – restos de culturas que ficam naquelas áreas -, é muito importante que tenha o vazio sanitário para quebrar este ciclo, evitando na próxima safra uma queda de produção – diz Oliveira.
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