Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Produtores de algodão devem reduzir área plantada em Minas Gerais

Cadeia produtiva do Estado não consegue se expandir por causa da concorrência com os bons preços da soja e do milhoEm Minas Gerais, além da preocupação dos produtores de algodão com o vazio sanitário que começou em setembro, a redução de área plantada também está sendo um problema. O Bicudo do algodão, praga que dizimou plantações no norte de Minas na década de 80, está longe de ser a principal preocupação dos mineiros. A cadeia produtiva do Estado não consegue se expandir por causa da concorrência com os bons preços da soja e do milho. Mais uma vez a área plantada vai reduzir.

O custo para produzir algodão gira em torno de R&$ 4,8 mil por hectare. Para produzir soja, R$ 1,6 por hectare. Além do mais, o consumo do algodão está estagnado. Na ultima safra foram plantados 29 mil hectares em solo mineiro, e a previsão para a próxima safra é de uma redução de 25%.

Para o produtor rural e empresário Nilson Maeda, o investimento na produção de algodão é alto, por isso não dá para abandonar totalmente a cultura e migrar para outras rapidamente.

– O investimento que cada um tem para a cultura do algodão é elevado, então não dá pra sair rápido. É possível você migrar, não totalmente, mas grande parte da sua área, uns 50% ou até mais, para a produção de grãos, porque grãos são bem menos exigentes que a cultura do algodão em termos de investimento e equipamento – diz Maeda.

Nilson Maeda investiu em uma estrutura completa com capacidade para beneficiar a produção de 7 mil hectares. Na região, ele faz um trabalho de propriedade em propriedade para estimular o plantio e evitar uma queda ainda maior na produção de algodão nas próximas safras.

– Nos temos que fazer um trabalho de formiguinha e de convencimento, de esclarecimento sobre os benefícios que traz a cultura do algodão. Em geral a rotação de cultura, a diversificação de risco, enfim, todo um trabalho de convencimento que infelizmente não é fácil, em função de que aquilo que fala mais alto que é o resultado final – fala Maeda.

Até o ano passado eram três meses de vazio sanitário do algodao. Este ano, o período foi reduzido para dois. Com embasamento técnico, começou em setembro e vai terminar no dia 20 de novembro.

– Este ano, em Minas Gerais, devem ser fiscalizados em torno de 88 propriedades, na nossa região de Uberlândia em torno de 11 propriedades. Isso visa, principalmente, evitar a disseminação desse inseto que atrapalha o sistema reprodutivo das plantas e causa grandes prejuízos ao algodão. Como a disseminação dele se dá, principalmente, nas soqueiras – restos de culturas que ficam naquelas áreas -, é muito importante que tenha o vazio sanitário para quebrar este ciclo, evitando na próxima safra uma queda de produção – diz Oliveira.

>> Canal Rural Ao Vivo: conheça nossa nova central de vídeos e acompanhe toda a programação

Sair da versão mobile