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Produtores gaúchos de suco de uva reivindicam proteção do governo contra concorrência argentina

Mais de 60% da safra 2010 de uvas comuns colhidas no Estado têm como destino a produção da bebidaAgora é o suco que promete estremecer as relações entre Brasil e Argentina. Em defesa de um mercado que cresce a uma média de 15% a 20% por ano, representantes do setor vitivínicola do Rio Grande do Sul desembarcam nesta terça, dia 27, em Brasília, para uma rodada de negociações.

Na bagagem, os dirigentes levam um documento no qual pontuam a contrariedade na liberação de importação de suco de uva concentrado a granel do país vizinho. A comitiva ? que representa 20 mil famílias de viticultores e de mais de 700 vinícolas familiares ? deverá ter audiência com os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.

O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados, Arnaldo Passarin, esclarece que o pedido aos ministros é uma ação preventiva, ante as reiteradas investidas do governo argentino ao governo brasileiro, no sentido de se permitir a importação de mosto concentrado a granel.

? Isto desestruturaria a cadeia da uva e do vinho ? alerta o dirigente.

Dados do Instituto Brasileiro do Vinho mostram que, no ano passado, 45% da safra de uvas comuns colhidas no Rio Grande do Sul tiveram como destino a produção de suco, que atingiu 25,5 milhões de litros em 2009. Na safra de 2010, o percentual supera os 60%.

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