A quebra na safra nos Estados Unidos, maior exportador mundial de algodão, deu sustentação aos preços em Nova York, disse o analista e consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, durante a 7ª edição da Safras Agri Week. Outro fator positivo para esse movimento de alta foi a recomposição dos estoques chineses.
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“Esperava-se uma compra mais agressiva até como sinal de crescimento de consumo, o que vimos foi uma recomposição dos estoques, mas essa agitação compradora da China também ajudou com que os preços subissem”, disse o analista.
De acordo com o consultor, o aumento da carteira líquida comprada dos fundos serviu de estímulo para a alta nos preços.
Barabach apontou a queda dos preços do algodão na Bolsa de Nova York, enquanto os preços do petróleo estão subindo. Ou seja, andando na contramão. O algodão está descolado do petróleo e com sinal negativo. O que reforça ainda mais esse movimento baixista é o movimento dos fundos e os sinais fundamentais de hoje, como o número de área dos Estados Unidos e a questão de cenário de produção no Brasil, ponderou o analista.
Em questão de preços, foi apontado um aumento no mercado internacional e agora estão dando uma acomodada ao longo de março. Devemos ter uma curva se estabilizando com uma leve inclinação negativa, mas ainda mais alta do que tínhamos em novembro, ponderou Barabach.
Oferta e demanda do Brasil
Para o ano comercial 2024/25, a projeção de crescimento é de 3% em relação a 2023/24. Já a área é de um avanço de 11%. Barabach pontuou que o crescimento da área é maior do que o da produção devido às questões climáticas no ano passado e da ocupação do algodão, principalmente no Mato Grosso, nas áreas de milho.