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Reclamações do setor avícola uruguaio são discutidas por Mujica no Brasil

Presidente do Uruguai acredita que país pagará alto se abrir fronteiras à importação de aves brasileirasA criação de comissão bilateral para tratar de assuntos como indústria, energia elétrica, comércio, agricultura e ciência e tecnologia, além de obras públicas e transporte, deve ser um dos resultados da visita que o presidente do Uruguai, José Mujica, faz ao Brasil nesta segunda, dia 29. Ele será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas antes disso a equipe técnica que acompanha Mujica tratará de um assunto polêmico: as reclamações do setor avícola do Uruguai.

Nesse domingo, antes de embarcar para Brasília, Mujica afirmou que estará no Brasil “brigando”pelos frangos de Canelones, um polo de criação e abate, e segunda região mais populosa do Uruguai depois de Montevidéu.
? Hoje, com o regime de concorrência com o país vizinho, adeus Canelones, adeus avicultores.
De acordo com a associação que reúne os produtores, o Uruguai pagará alto um custo social se abrir as fronteiras à importação de aves brasileiras. Em recente comunicado, a associação afirmou que “não é correto destruir toda uma cadeia produtiva, que hoje exporta e gera trabalho para milhares de pessoas, para agradar aos interesses de um país estrangeiro”.

O Uruguai não importa frangos brasileiros vivos, alegando que eles estão contaminados pela doença conhecida como Newcastle, já erradicada do território do país vizinho. As aves brasileiras somente entram no país se estiverem pré-cozidas. Segundo Jorge Esquerra, secretário da Associação Nacional de Avicultores, “a entrada da ave brasileira significa a destruição deste setor no Uruguai”.

Os produtores reclamam que desde janeiro deste ano as autoridades brasileiras decidiram centralizar em Brasília a emissão dos papéis de importação dos produtos de origem animal. Anteriormente, o procedimento era feito na fronteira entre os dois países. Isso significa para os exportadores uruguaios, burocracia e mais custos para as empresas que vendem produtos de origem animal ao Brasil.

Eles alegam que a concorrência interna no setor, especialmente o avícola, já é grande e será “aniquilada” se as aves brasileiras entrarem no Uruguai com preço mais competitivo, não havendo no país nenhuma empresa que possa assimilar este “golpe”.

O assunto deve ser destaque nas reuniões marcadas entre autoridades brasileiras e os ministros uruguaios da Indústria, Energia e Mineração, Roberto Kreimerman, e da Agricultura e Pesca, Tabaré Aguerre.

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