Segundo a pesquisa, o setor deve evoluir apenas 0,2% em 2009. Este ano, a previsão é de fechar em 6,7%. Se o índice previsto para o ano que vem se confirmar, vai interromper a trajetória de crescimento registrada nos últimos três anos, quando a média de crescimento era de 5,7%. A desaceleração é resultado de uma redução na demanda mundial por commodities agrícolas, provocada pela retração da renda e do consumo.
Outra projeção é de recuo em safras importantes como trigo, milho e soja, principalmente devido a problemas climáticos na região Sul, além da queda na produção de café, estimada para o ano que vem.
O relatório mostra a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 5% para 5,6%. Para 2009, o Banco Central prevê desaceleração devido à recessão mundial. O crescimento do PIB não deve passar de 3,2%. De acordo com o diretor de política econômica do BC, Mário Mesquita, as projeções de um elevado nível de emprego e as perspectivas para o salário mínimo devem amenizar os impactos negativos da crise.
A previsão do Banco Central de 3,2% diverge da projeção de crescimento econômico do governo para 2009, que é de 4%.
O relatório da instituição aponta uma inflação maior este ano e menor em 2009. A queda no crescimento dos preços deve persistir em 2010, e o aumento da produção industrial em 2009 é estimado em 3,6%, contra 5,4% em 2008. O índice é sustentado pelo bom desempenho das indústrias de extrativismo mineral e a construção civil, beneficiada por novas linhas de financiamento e por investimentos do Programa De Aceleração Do Crescimento (PAC).