Com isso, o estado do Rio recuperou a terceira posição no ranking nacional de unidades exportadoras, que havia sido perdida para o Rio Grande do Sul em 2009, participando com 9,9% do total embarcado pelo país. Os maiores exportadores continuam sendo São Paulo e Minas Gerais.
? Contribuímos com mais de 16% do saldo comercial brasileiro diante de exportações que crescem de forma bastante acelerada no estado do Rio de Janeiro em relação ao Brasil ? disse o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês.
Segundo o economista, o crescimento das exportações já era esperado, tendo em vista o desempenho registrado ao longo do ano. Contribuiu para o resultado a entrada em funcionamento da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), cuja produção é voltada integralmente para o mercado internacional.
? Isso beneficiou o estado do Rio de Janeiro em termos de exportações de manufaturados e continuará beneficiando. Podemos prever aí a indústria metalúrgica com recordes de exportações nos próximos anos ? afirmou Mercês.
O boletim revela que 16 dos 23 segmentos pesquisados mostraram aumento nas vendas ao exterior, liderados pela indústria do petróleo. As exportações da indústria extrativa mineral evoluíram 64,9%, atingindo US$ 14,9 bilhões. O segundo maior aumento nas exportações foi detectado na indústria automobilística (59%).
? Esperamos uma performance até melhor em 2011, principalmente pela entrada em ação da siderúrgica e de novas plataformas de petróleo que vão estar operando nesse ano. Portanto, em 2011, as perspectivas são mais favoráveis do que em 2010 ? assegurou Mercês. A exploração de petróleo na camada do pré-sal terá papel decisivo nas exportações, estimou.
O boletim Rio Exporta informa que a China suplantou os Estados Unidos como principal destino das exportações fluminenses. Acrescenta ainda que, devido a nova dinâmica mundial pós-crise, os países emergentes passaram a ser os grandes vetores do crescimento. O boletim cita além da China, também os países asiáticos como os principais propulsores das exportações fluminenses, apesar de os Estados Unidos se manterem na primazia das importações.
As importações feitas pelo estado do Rio também mostraram recorde no ano passado de US$ 16,7 bilhões, subindo 43% frente ao ano anterior. Todos os segmentos industriais ampliaram as compras no exterior, à exceção do fumageiro. O segmento de bens de capital, que inclui máquinas e equipamentos, apresentou a maior variação positiva (63%). De acordo com a Firjan, o incremento das importações de bens de capital sinaliza o aumento da capacidade produtiva do estado.