A queda na quantidade de cheques sem fundos e a menor inadimplência nos bancos também puxaram a baixa do índice. O recuo da inadimplência em janeiro está ligado à queda de 16,2% no retorno de cheques por carência de fundos, lançados por pessoas físicas. A contribuição foi de 2,8% no declínio de 6,3% do índice geral.
Os débitos não honrados junto às instituições financeiras, que caíram 5,1% em janeiro, contribuíram com 2,4% no recuo da inadimplência. De acordo com os economistas da Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito, a maior confiança na economia contribuiu para a renegociação de dívidas.
Os especialistas também salientaram que, nos próximos meses, a expectativa é de que a inadimplência continue caindo. As compras de Natal, feitas no fim do ano passado, ainda não se refletiram no índice de inadimplência de janeiro.
Em relação a janeiro de 2009, a queda da inadimplência em janeiro deste ano foi ainda maior, atingindo 8,1%. Este é o maior porcentual de queda para janeiro desde a instituição do índice.
Os analistas da Serasa Experian lembram, no entanto, que em janeiro de 2009 o país enfrentava os efeitos mais críticos da crise econômica mundial, o que elevou a inadimplência. Em janeiro deste ano, a situação econômica foi oposta, o que levou à redução da inadimplência.
Daniel Galvão
Os débitos com bancos representam a maior parcela da inadimplência do consumidor no País. Em janeiro de 2010, a modalidade representou 47,7% do total. Em 2009, o porcentual era de 43,6%. Em seguida, aparecem as dívidas com cartões de crédito e financeiras, representando 33,2% em janeiro deste ano. No mesmo mês de 2009, o índice era de 36,8%.
Na terceira posição estão os cheques sem fundos, com 17% em janeiro de 2010. No mesmo mês de 2009, a participação no indicador era de 17,7%. A menor parcela é representada pelos títulos protestados, que registraram 2,1% em janeiro deste ano, ante 1,9% no mesmo mês do ano passado.
Já o valor médio das dívidas com os bancos apresentou queda de 1,5% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. As dívidas com cartões de crédito e financeiras também caíram, para 8%. Os títulos protestados e os cheques sem fundos registraram alta de 2,2% e 41,3%, respectivamente.