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UM NOVO PASSO

Setor agroindustrial avança no mapeamento da pegada de carbono do algodão

A parceria entre Abiove, Abrapa, Bayer e Embrapa Meio Ambiente busca mensurar a pegada de carbono do algodão e promover práticas sustentáveis no setor agroindustrial

Dia Mundial do Algodão. Cultivada em mais de 70 países distribuídos por todos os continentes
Foto: Jefferson Aleffe/ Marca Comunicação

O setor agroindustrial brasileiro deu um passo importante para a sustentabilidade ao firmar uma parceria técnica entre a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a Bayer e a Embrapa Meio Ambiente. A colaboração tem o o propósito de mensurar a pegada de carbono do algodão, um movimento que visa consolidar práticas mais eficientes e sustentáveis na cadeia produtiva do setor.

O projeto será conduzido pelas pesquisadoras Marília Folegatti e Nilza Patricia Ramos, da Embrapa Meio Ambiente, e buscará analisar as emissões de carbono associadas a diversos produtos derivados do algodão, como a pluma, o caroço, o farelo e o óleo. Trata-se de um estudo pioneiro no Brasil, que pretende criar uma referência confiável sobre o impacto ambiental da cultura, destacando tanto a eficiência produtiva quanto os atributos sustentáveis dos seus subprodutos.

Histórico da Iniciativa

A pesquisa foi iniciada há cerca de um ano e, desde então, a Embrapa vem desenvolvendo um módulo para calcular a pegada de carbono do algodão no sistema de produção. A terceira versão dessa calculadora foi aplicada pela Bayer em uma área de 77 mil hectares no Centro-Oeste do país. No entanto, para representar adequadamente a diversidade de métodos de produção de algodão no Brasil, a parceria foi expandida com a inclusão da Abrapa e da Abiove, que são essenciais para a construção de uma análise completa.

A Abrapa representa cerca de 18 mil produtores, responsáveis por 95% da produção nacional de algodão. Já a Abiove, parceira de longa data da Embrapa, tem participado de discussões relevantes sobre programas como o RenovaBio e agora contribuirá para a análise de extração de óleo e produção de biodiesel a partir do caroço do algodão.

Histórico da parceria da cadeia do algodão

A colaboração abrange toda a cadeia produtiva do algodão, desde a caracterização dos processos agrícolas até as fases industriais. O projeto permitirá mapear a pegada de carbono de produtos como pluma, óleo, farelo e biodiesel, considerando as diferentes tecnologias praticadas no Brasil. A diversidade de métodos de produção no país será levada em conta, com a Abrapa trazendo sua expertise sobre os sistemas agrícolas e a Abiove sobre as fases posteriores da cadeia.

Além disso, a parceria fortalece o compromisso da Abiove com a sustentabilidade, alinhando-se a iniciativas como o RenovaBio, que visa a descarbonização da agroindústria. O projeto contribuirá para a redução das emissões de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo em que valoriza práticas que tornam o algodão brasileiro mais competitivo no mercado global.

Sustentabilidade como prioridade

Com o Brasil sendo um dos maiores exportadores de algodão do mundo, essa iniciativa reforça o papel do país como líder em práticas agrícolas sustentáveis. A parceria entre Embrapa, Abiove, Abrapa e Bayer é um exemplo concreto do esforço coletivo para tornar a agroindústria brasileira mais eficiente, sustentável e alinhada às crescentes demandas de consumidores e mercados internacionais por produtos com menor impacto ambiental.

O estudo também servirá como um modelo para outras cadeias produtivas, ajudando a fortalecer o compromisso com a sustentabilidade no agronegócio e a impulsionar práticas mais responsáveis em toda a agroindústria nacional.

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