? Não temos avançado suficientemente com o ministro Minc para equacionar essas questões ? disse durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom dia, Ministro.
Stephanes definiu a relação de sua pasta com a área ambiental do governo como uma “parceria difícil e complicada”.
Umas das principais divergências sobre o código é a área de reserva legal. Os ambientalistas querem manter restrições ao desmatamento, com exigência de manutenção de 80% de floresta preservada nas propriedades da Amazônia. Os ruralistas querem reduzir esse percentual para até 50%.
Em dezembro, organizações não-governamentais ambientalistas (ONGs) deixaram o grupo de trabalho criado pelo governo para discutir as mudanças na lei. Em seguida, Stephanes decidiu extinguir o colegiado.
O ministro criticou os ambientalistas e afirmou ser “o maior interessado” na preservação da Amazônia.
? Há uma diferença entre ser ambientalista e ter formação, conhecimento e capacitação em meio ambiente. E o Ministério da Agricultura é o que tem o maior número de doutorados e pós-doutorados em meio ambiente, que estão na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Stephanes voltou a argumentar que se a mudança do Código Florestal for feita como querem os ambientalistas, a produção agrícola no país será inviabilizada, principalmente por causa das restrições ao plantio em várzeas, encostas e topos de morro.
“Vão eliminar 1 milhão de pequenos produtores do campo em áreas já consolidadas. Quem definiu isso mora em Brasília ou em Ipanema, não conhece nada de agricultura”, disse.
Com o fim do grupo de trabalho, a negociação deverá ser conduzida no Congresso Nacional.