? A empresa dentro das suas formas de pagamento de benefícios está tentando retroagir à condição do pagamento da insalubridade. Inclusive contrariando uma disposição já estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal de que o salário-mínimo não é referência para base de cálculo de quaisquer pagamentos ? disse o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Valter Endres.
Outra reivindicação da categoria é a ampliação do quadro de trabalhadores. Atualmente, quase 50% da mão-de-obra da Embrapa é formada por estagiários e bolsistas, o que na opinião do sindicato significa desvirtuamento da força de trabalho. O governo havia prometido a contratação de novos 1,2 mil servidores, mas até agora isso não ocorreu.
Mesmo com a greve, os trabalhadores se comprometem a evitar perdas de animais e plantas. Porém, dependendo do tempo de paralisação, as pesquisas agropecuárias podem ser prejudicadas.
? Observações às vezes importantes, realizações das rotinas de laboratório ficam atrasadas e, por conseqüência, também afetam o momento do resultado da pesquisa a ser alcançado ? completou Endres.
O movimento grevista vai participar na próxima quinta, dia 4, de uma rodada de negociação a direção da Embrapa.