Na Aracruz, a fábrica do município de Guaíba recebe essa substância atualmente de Curitiba (PR), por caminhão, o que representa um custo logístico. No Espírito Santo, a papeleira obtém o produto diretamente, por tubulação, de uma unidade da Evonik localizada ao lado da planta de celulose.
No Rio Grande do Sul, a empresa germânica está de olho também em fornecer para outras fábricas do setor, como as planejadas por Stora Enso e Votorantim Celulose e Papel (VCP). A capacidade da planta gaúcha será de 40 mil toneladas métricas de H2O2, ante 70 mil no Espírito Santo.
? Em Barra do Riacho (ES), compramos de 20% a 30% da produção deles. Com a instalação no Rio Grande do Sul, certamente vamos ter facilidade nos custos da logística e de negociação ? avalia o diretor de operações da Aracruz, Walter Lídio Nunes, sem detalhar qual a economia esperada.
Os empregos diretos na fábrica da Evonik serão apenas 25, e a empresa não divulgou a projeção de indiretos, como os que trabalharão, por exemplo, no transporte do produto.
? A nova unidade nos permite participar do crescimento dinâmico do mercado brasileiro e intensificar a nossa posição de ponta no mundo ? afirma Werner Müller, presidente da diretoria executiva da Evonik.
A empresa trabalha com a estimativa de especialistas de que o mercado de celulose brasileiro deverá avançar de 6 milhões de toneladas para 13 milhões de toneladas anuais até 2013.
O peróxido de hidrogênio também é usado em outras aplicações. Na indústria química, é usado no processo de fabricação de poliuretanos, depois transformados em estofamentos para assentos de automóveis ou móveis.