Segundo Mesquita, a Organização Mundial da Saúde considera dentro do aceitável o uso de 110 litros diários por pessoa. O Brasil é detentor de 13% das águas do planeta e tem 3% da população mundial. No entanto, apontou o assessor, 74% das reservas estão na Amazônia, área menos povoada do país.
? Se a gente usa 150 litros e poderia usar 110 litros, cada um de nós está usando 40 litros a mais, o que dá um uso no total de 6,9 milhões de litros por dia jogados pelo ralo. É uma questão de gestão de água que não é só de órgão de engenharia, é principalmente uma questão de educação e compromisso ambiental e social ? afirmou Mesquita.
No evento, a Cedae apresentou as ações desenvolvidas, como os programa de reflorestamento da Mata Atlântica nos leitos dos rios e de inclusão social de detentos como redução de pena em trabalhos oferecidos pela empresa. Segundo a companhia, o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara tem avançado e a região metropolitana do Rio conta agora com a Estação de Tratamento de Esgoto Alegria, que atende 1,5 milhão de habitantes das regiões central e norte da cidade.
A diretora de Gestão de Águas e do Território do Instituto do Ambiente (Inea), Rosa Formiga, ressaltou a importância dos comitês de bacia na gestão dos recursos hídricos. Esses mecanismos foram criados para mediar os conflitos entre interesses produtivos e a sustentabilidade, de maneira mais pública e transparente.
? Buscamos evitar o conflito por meio de bom planejamento, aprovando e executando um bom plano de bacia com as diretrizes de uso da água ? destacou.