A Vale concordou em pagar US$ 3,8 bilhões, em dinheiro, para adquirir 100% dos ativos da BPI, que detém portfólio de ativos de fertilizantes no Brasil composto por minas de rocha fosfática e plantas de processamento de fosfatados, além de participação direta e indireta de 42,3% no capital total da Fosfertil correspondendo a 53,8% das ações ordinárias e 36,4% das ações preferenciais. A transação não envolve negócios de varejo nem distribuição de fertilizantes.
Na transação, serão pagos US$ 1,65 bilhão pelos ativos de rocha fosfática e fosfatados da BPI. O valor restante, de US$ 2,15 bilhões, refere-se às ações detidas direta e indiretamente pela BPI na Fosfertil.
Segundo fato relevante divulgado pela Vale, após a aprovação do negócio pelos órgãos governamentais competentes e a conclusão da transação, a empresa lançará uma oferta pública obrigatória para comprar as ações ordinárias detidas pelos acionistas minoritários da Fosfertil.
Fertifos
A Vale informou ainda que celebrou, através de sua subsidiária Mineração Naque, contratos de opção de compra e venda de ações de emissão da Fertifos Administração e Participações (Fertifos). Esses contratos de opção fazem parte do processo de aquisição de 100% do capital da Bunge BPI.
A Fertifos é uma empresa de capital fechado que detém 56,73% do capital da Fosfertil. Os contratos de opção foram celebrados com Fertilizantes Heringer e Fertilizantes do Paraná (Fertipar). Segundo a Vale, eles estão sujeitos a determinadas condições, entre as quais a efetiva aquisição do negócio de fertilizantes do grupo Bunge no Brasil. Esses contratos concedem à subsidiária da Vale o direito de adquirir até 1,46% das ações de emissão da Fertifos. O preço de exercício do contrato de opção com a Fertipar é de US$ 39.553.130,99, enquanto o preço do exercício do contrato com a Heringer é de US$ 2.390.396,79, totalizando US$ 41.943.527,78.