? São coisas do momento eleitoral, com todo estresse, tensão etc. ? disse Vannuchi ao comentar a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada na edição desta terça, dia 12, na qual o ex-governador e deputado federal eleito com maior votação no Rio, Anthony Garotinho (PR-RJ), exigiu a revogação do plano como condição para apoiar a candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff.
? Não há mais o que alterar ? completou o ministro.
Membro da igreja pentecostal Assembleia de Deus, Garotinho disse que sua base de eleitores é evangélica e está insatisfeita com a abordagem do governo federal sobre questões como aborto, legalização da prostituição e cirurgias de mudança de sexo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo. Outros pastores citados na reportagem criticaram o combate à homofobia.
Em um encontro com o ministro espanhol Baltasar Garzón, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Rio, o ministro dos Direitos Humanos também criticou a onda de boatos nas campanhas à presidência e lamentou que determinados temas estejam sendo tratados com “furor fundamentalista”.
Perguntado sobre a questão, o presidente da OAB, Wadih Damous, também criticou a discussão de temas que não “servem para qualificar os candidatos”, como a questão do aborto, que foi capa das principais revistas semanais no último fim de semana.
? Não quero saber se candidato é ou não a favor do aborto, se vai à missa. Quero saber das políticas públicas para o país ? criticou o advogado.