Vinhos e espumantes brasileiros ampliam conquistas de prêmios pelo mundo

Setor acredita que trabalho de marketing e qualidade da produção são os fatores do sucessoO reconhecimento dos vinhos e espumantes brasileiros no mercado mundial não estão apenas no aumento das exportações registrados nos últimos anos. Uma série de feiras e concursos realizados nos quatro cantos do planeta estão reconhecendo a qualidade do produto do Brasil. São inúmeros os registros de premiações conquistadas nos principais eventos do setor.

A Vinícola Garibaldi, por exemplo, só com o espumante Moscatel, ganhou 26 prêmios nos últimos três anos. Na última semana, o produto ganhou Medalha de Ouro no Concurso Vinagora, realizado na Hungria. O presidente da Garibaldi, Oscar Ló, credita o sucesso ao trabalho em busca da qualidade.

? O trabalho está sendo muito forte, principalmente, em cima da qualidade, no acompanhamento da matéria-prima. No nosso caso específico, toda a uva vem dos associados, por sermos uma cooperativa. Então nós temos um acompanhamento muito próximo do agricultor e isso faz com que a produção seja realmente diferenciada e a gente consiga produtos de excelente qualidade ? observa.

Muito se deve também ao trabalho de exposição dos vinhos brasileiros no mercado mundial, através do projeto “Wines Of Brazil”, de parceria do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com a Apex-Brasil. O objetivo da proposta, criada em 2002, é de apresentar os vinhos brasileiros como uma alternativa atraente dentro da variedade de vinhos do Novo Mundo. A gerente de Exportações, Andréia Milan, destaca que as ações feitas pelo programa tem atraído compradores de todo o mundo.

? A gente tem feito, em média, de 40 a 50 ações por ano. E tudo isso acaba tendo como resultado o aumento das exportações, o aumento do reconhecimento dos nossos produtos no mercado internacional. Tudo isso é uma soma de fatores que faz com que a gente alcance este sucesso ? avalia.

Ela salienta que os vinhos e espumantes brasileiros são exportados para pelo menos 27 países. Cerca de 5% da produção nacional é destinada ao mercado externo. A expectativa, segundo Andréia, é que neste ano a receita com as exportações seja de US$ 4,4 milhões de dólares, resultado similar ao de 2008.