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Notícias - Soja Brasil

Alguns produtores gaúchos estão colhendo apenas 10 sacas por hectare, diz Emater

Depois de mais uma semana seca no estado, o avanço da colheita mostra mais perdas e os pedidos de perícia de Proagro se acumulam

soja balsas maranhão
Foto: Pedro Silvestre

A semana foi marcada por tempo seco em boa parte do Rio Grande do Sul e, isso só tem agravado as condições das lavouras de soja do estado. Segundo a Emater-RS, as perdas de rendimentos estão cada mais mais claras e os pedidos para perícia de Proagro se espalham por todas as regiões.

As áreas semeadas se encontram nas seguintes fases: 1% em germinação/desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 32% em enchimento de grãos, 45% maduro e 18% das lavouras colhidas.

Ijuí

A semana foi marcada pela continuidade da estiagem, tanto que nos horários mais quentes do dia, aumentou o número de plantas murchas afirmou a Emater. As áreas em fase final de enchimento de grãos e em maturação vêm apresentando retenção de folhas secas, hastes verdes, queda de vagens e morte de plantas.

“À medida que a estiagem avança, os grãos diminuem de tamanho, de peso, apresentam rugosidade e com esverdeamento do tegumento, causado por estresse térmico e hídrico. Esse quadro evidencia perdas significativas na qualidade fisiológica da semente, na redução da qualidade do grão.”

Segundo a Emater, as lavouras que estão sendo colhidas têm mostrado alto percentual de impurezas devido à desuniformidade de maturação das plantas, além de abertura natural das vagens e também mecânica durante o processo de corte e transporte das plantas para trilha nas colheitadeiras.

“Alguns produtores vêm realizando dessecação pré-colheita a fim de uniformizar as lavouras e reduzir as perdas.”

Santa Rosa

Por lá, 2% da cultura está na fase de desenvolvimento vegetativo (lavouras da safrinha), 4% em floração, 43% em enchimento de grãos e 42% em maturação. O clima seco e as altas temperaturas provocam maturação antecipada, ampliando assim a área já colhida para 9%.

“A produtividade é variável, de acordo com as chuvas ocorridas no período de floração e enchimento dos grãos, com o tipo de solo e também de acordo com o manejo de rotação de cultivos de verão.”

Segundo levantamento da Emater, em Santo Cristo e Doutor Maurício Cardoso, há lavouras com produtividade de 4.200 quilos por hectare; em outras áreas, a produtividade está abaixo de 1.500 quilos por hectare.

“A situação de perdas vem se alterando em função da persistência da estiagem com sol forte e baixa umidade do ar, principalmente nas lavouras de soja de ciclo médio e tardio, que ainda estão em fase de enchimento de grãos e maturação.”

Santa Maria

As lavouras de soja estão predominantemente nas fases de enchimento de grãos e maturação, e a colheita já alcança 10%.

“Em Tupanciretã, a produtividade tem variado entre 600 e 2.400 quilos por hectare. Já em Formigueiro e São Sepé, o rendimento médio chegou a 1.200 quilos por hectare.”

Bagé

Por lá, há 1% da área da cultura ainda em desenvolvimento vegetativo, 80% em floração e enchimento de grãos, 14% em maturação fisiológica e 5% já foram colhidos. A falta de chuva nessa fase da cultura provocou queda de flores, redução do número e do peso de grãos nas vagens, consolidando perdas de produção.

“O maior número de laudos de Proagro foi realizado em Manuel Viana, Maçambará e Hulha Negra. A produtividade tem variado de acordo com as microrregiões e solos. Na Fronteira Oeste, Central e Missões, pode-se chegar a até mil quilos por hectare em áreas irrigadas com pivô; na Campanha e Sul, ao redor de 2.500 quilos por hectare. O rendimento das áreas já colhidas tem oscilado entre 600 e 1.800 quilos por hectare.”

Soledade

Por lá, 10% das lavouras estão em enchimento de grãos, 80% em maturação e 10% já foram colhidas. As condições do tempo das últimas semanas, com dias secos, baixa umidade relativa do ar e temperaturas altas, mudaram o aspecto das lavouras de soja.

“De forma geral, as plantas entraram em maturação forçada. As condições de estiagem aceleram o ciclo da cultura, resultando em grãos com menor tamanho e peso. As perdas são inevitáveis. As produtividades variam entre 600 e 2.100 quilos por hectare.”

Frederico Westphalen

Por lá, 1% da área ainda está na fase de desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 40% em enchimento de grãos, 35% em maturação e 20% já estão colhidos.
“A produtividade média tem atingido 3.140 quilos por hectare. Com a permanência da estiagem na região, aliada às altas temperaturas no período, as perdas já atingem 19% e poderão se agravar caso não ocorram chuvas nos próximos dias.”

Erechim

Por lá, 30% estão em enchimento de grãos, 50% em maturação e 20% das lavouras já foram colhidas.

“A situação de perdas tem se agravado progressivamente, porque não tem havido precipitações. A produtividade média está em 2.700 quilos por hectare.”

Caxias do Sul

A colheita das variedades precoces avançou no período, com rendimentos abaixo do esperado; a produtividade variou entre 1.800 e três mil quilos por hectare.

“A redução do potencial produtivo está associada às altas temperaturas e à ausência de chuvas durante a fase de enchimento de grãos.”

Pelotas

A cultura se encontra predominantemente nas fases de floração e enchimento de grãos. A maturação está sendo forçada pela estiagem que se prolonga.

“Embora tenham ocorrido precipitações esparsas na semana que passou, o predomínio de tempo seco, associado à radiação solar intensa, a baixa umidade relativa do ar e as temperaturas diurnas muito elevadas têm agravado as perdas.”

As colheitas seguem na região. Em São Lourenço do Sul, Santana da Boa Vista, Canguçu e Jaguarão, já chegaram a 5%; em Pelotas, a 8% e a 10% em Herval e Cerrito. Em geral, os rendimentos alcançados são de 1.400 a 1.500 quilos por hectare; nas lavouras com cultivares precoces, chegam a até 2.100 quilos por hectare. Atualmente as perdas estão em 41% da produção esperada inicialmente.

Passo Fundo

Por lá, 20% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos, 65% em maturação e 15% já foram colhidas. A continuidade da falta das precipitações dos últimos meses associada às altas temperaturas prejudica o rendimento das lavouras.

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