Com gosto adocicado e aroma de alho comum a especiaria conquistou o empresário Antônio Sérgio Rossi. Durante 40 anos Rossi foi professor universitário e consultor de empresas. Em 2008 largou tudo e resolveu se dedicar a gastronomia. Foi então que surgiu a ideia de desenvolver o alho negro. Até encontrar o ponto ideal ele gastou 280 quilos de alho e um ano e meio em testes. Foi quando quase desistiu. Mas por um acaso ele encontrou o que faltava.
Em outubro de 2010 passou a vender o alho negro. No início eram 30 cabeças ao mês. Atualmente são mais de três mil. Cada uma chega a valer R$ 12 no mercado municipal de São Paulo.
O comerciante Wagner Borges apostou na novidade e não se arrependeu. Por dia comercializa 69 cabeças do alho negro.
? Foi uma boa aposta, vendia duas caixas em uma semana ? conta.
O produto é ingrediente essencial para a fabricação de vinagres, azeites, patês e por incrível que pareça, até geléias. A esposa do empresário Rossi teve a ideia de fazer uma nova receita do doce.
? Falei para ele: que tal uma geleia de alho? Comecei a fazer escondido e depois ele gostou ? disse.
A especiaria virou novidade também nos restaurantes. O proprietário de uma pizzaria de São Paulo, André Cotta, comta que em um mês depois do lançamento do novo sabor foram vendidas 300 pizzas de alho negro. Ela custa quase o dobro da comum e mesmo assim os clientes consomem.