O menor impacto de elevação de preços em 2009 ficou por conta do grupo dos alimentos, cuja taxa de inflação foi de 2,59% no ano passado, em comparação com a alta de 10,15% apurada no ano anterior. Esse cenário é bem diferente do apurado em 2008, quando a inflação dos alimentos foi a de maior impacto entre os setores do varejo usados para cálculo do IPC-S.
Ao analisar a movimentação de preços entre os produtos no varejo, no âmbito do IPC-S, a FGV informou que as mais expressivas altas de preço no ano foram registradas em aluguel residencial (6,86%); cigarro (21,14%); e tarifa de eletricidade residencial (5,44%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas nos preços de tomate (-21,37%); feijão carioquinha (-31,76%); e passagem aérea (-25,36%).
Os preços do grupo Despesas Diversas foram destaque na inflação do varejo e terminaram o ano com alta de 9,11%, após avançarem 4,69% em 2008. Esse foi o porcentual de elevação mais intenso no ano passado entre as sete classes de despesa usadas para cálculo do índice, segundo a FGV, ao anunciar nesta segunda o IPC-S acumulado de 2009 – que terminou o ano passado com aumento de 3,95%.
Ainda de acordo com a fundação, o segundo nível de elevação mais forte, no ano passado, foi registrado pelo grupo Educação, Leitura e Recreação (4,69%), cujos preços avançaram 5,77% em 2008. Essa classe de despesa foi seguida, em ordem decrescente, pelo aumento apurados nos preços de Saúde e Cuidados Pessoais (4,67%), que subiram 6,27% em 2008; por Habitação, cujos preços se elevaram 4,52% em 2009 após registrarem avanço de 4,49% em 2008; Transportes, cuja inflação foi de 3,04% em 2009, ante taxa de 2,78% em 2008; e Vestuário, cujos preços subiram 2,92% no ano passado, taxa idêntica à apurada no ano imediatamente anterior.