Os grupos de Alimentos e Transportes foram os responsáveis pela aceleração do IPCA em janeiro em relação a dezembro. Com as altas em cada um, ambos correspondem a 68% do índice.
Alimentos fecharam em 1,25%. Vários produtos contribuíram para o resultado, com destaque para: tomate (de -1,63% para 11,22%), feijão carioca (de 2,51% para 10,42%), batata inglesa (de -5,77% para 4,29%), carnes (de 4,36% para 2,03%), frutas (de 1,64% para 1,44%) e arroz (0,62% para 1,06%).
A refeição consumida fora do domicílio, com 1,63% em janeiro ante os 1,13% de dezembro, ficou com o maior impacto individual do mês: 0,08 ponto percentual. Consumidos fora, continuaram subindo, o lanche (de 1,57% para 1,42%), refrigerante (de 1,06% para 1,37%) e cerveja (de 1,18% para 1,27%).
O grupo dos Transportes, também protagonista do resultado de janeiro, teve variação de 0,79%. A alta ocorreu em virtude, principalmente, do reajuste das tarifas dos ônibus urbanos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte e dos ônibus intermunicipais em várias regiões. Também aumentaram os preços das passagens aéreas (de -2,06% para 0,54%), automóvel novo (de -0,37% para 0,39%) e seguro voluntário (de -6,73% para 2,46%).
Outros segmentos que compõem o IPCA são: Habitação (0,54%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,40%), ambas sem variação significativa; Energia elétrica (0,28%), Vestuário (0,19%), Artigos de Residência (-0,68%) e Despesas Pessoais (0,55%), que registraram quedas.
Das regiões pesquisadas, o Rio de Janeiro apresentou a maior taxa (1,01%). O menor índice ficou com Porto Alegre (0,39%). Para o cálculo do IPCA-15, foram coletados preços entre 14 de dezembro e 13 de janeiro e comparados com os vigentes de 15 de novembro a 13 de dezembro. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
> A publicação completa do IPCA-15 pode ser acessada na página do IBGE