Taxas de inflação mais fracas em alimentação (de 1,51% para 1,38%) e em habitação (de 0,29% para 0,20%) foram as principais contribuições para o avanço menos intenso de preços varejistas, mensurado pelo IPC-S. Segundo a FGV, em cada uma destas classes de despesa houve quedas e desacelerações de preços em produtos importantes no cálculo da inflação percebida pelo consumidor.
Entre os alimentos, a influência para a desaceleração de preços partiu de frutas, cuja deflação se intensificou (de -0,07% para -1,18%). Já no grupo transportes, o destaque foi a taxa de água e esgoto residencial, cujo preço subiu 0,65% até a quadrissemana encerrada em 31 de outubro, contra o aumento mais intenso, de 1,20%, no IPC-S anterior.
As outras quatro classes de despesa que apresentaram desaceleração de preços, na passagem do IPC-S de até 22 de outubro para o indicador de até 31 de outubro, foram vestuário (de 0,60% para 0,58%); saúde e cuidados pessoais (de 0,38% para 0,30%); educação, leitura e recreação (de 0,24% para 0,14%) e despesas diversas (de 0,23% para 0,19%). A única classe de despesa a mostrar aceleração de preços, no mesmo período, foi a de transportes (de 0,30% para 0,45%).
A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 31 de outubro, as elevações mais significativas foram apuradas nos preços de feijão carioquinha (20,28%); batata-inglesa (13,73%); e álcool combustível (7,01%). Já as mais expressivas quedas foram registradas nos preços de mamão papaia (-15,32%); manga (-21,57%); e banana prata (-9,89%).