O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, observa que a decisão dos frigoríficos transfere para o varejo uma prática que se tornou comum entre os fornecedores pecuaristas, que é o pagamento à vista, cuja campanha foi lançada pelo setor no ano passado, em função do endividamento de várias indústrias frigoríficas.
Segundo Riedel, a eliminação da venda a prazo, prática que financiava as indústrias, diminui o risco de perdas devido à quebra de frigoríficos.
? O pagamento à vista não favorece apenas os pecuaristas, mas toda a cadeia da carne, na medida em que oferece mais segurança na comercialização, evitando prejuízos e diminuindo o risco de crise para o setor ? diz ele.
Levantamento da Famasul indica que 217 credores de Mato Grosso do Sul têm créditos a receber do frigorífico Frialto, montante que fica na casa dos R$ 19 milhões. Em relação ao Independência, que também está em processo de recuperação judicial desde o ano passado, dos R$ 42 milhões devidos aos pecuaristas R$ 17 milhões ainda não foram pagos.