Mas segundo Glauber, não existe nenhuma indicação de que exportadores estão buscando outros fornecedores para cumprir contratos.
– Eu não vejo nenhum sinal nesse sentido – afirmou.
O representante do USDA está na Austrália para uma conferência sobre commodities.
– A resposta simples é que isso é muito especulativo. Nós vamos avaliar (o impacto da crise na Ucrânia) quando fizermos a nossa própria projeção. Mas agora eu acredito que seja muito cedo para dizer qualquer coisa sobre quanto das exportações será afetado – completou.
Antes da crise, o USDA projetava que a Ucrânia seria o quinto maior exportador de trigo em volume e o terceiro maior em volume embarcado de milho. O principal comprador do país é o Egito, maior importador mundial de trigo, seguido por outros países do Oriente Médio e África. Cerca de 10% das exportações passam pela Crimeia, onde se concentra a tensão militar entre Ucrânia e Rússia.
A ADM e a Bunge afirmaram que suas operações de exportações de grãos no Mar Negro não foram afetadas pelo aumento da turbulência da Ucrânia, ainda que as companhias estejam acompanhando de perto a situação.
– Nossa primeira preocupação é manter a segurança dos nossos funcionários, e todos eles estão bem. Ainda não vimos nenhum impacto significativo nos negócios e vamos continuar monitorando a situação – disse a ADM em comunicado.
A Bunge também destacou, por comunicado, que continua operando normalmente na Ucrânia e seguirá acompanhando de perto a situação no país.
As incertezas sobre o futuro da Ucrânia, um dos maiores produtores e exportadores de trigo e milho do mundo, se aprofundaram nos últimos dias, depois da Rússia enviar forças militares para a Crimeia. O movimento russo causou protestos na comunidade internacional. Bunge e ADM possuem operações de grãos nos portos e unidades de processamento de grãos no país.